quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Quer entender a VIOLÊNCIA?


Possuímos em nosso cérebro, numa região conhecida como diencéfalo, a memória primata e animal, chama de ID pela psicologia. Transportamos, igualmente em nossos genes, a necessidade da realização dos desejos, dos prazeres, da agressividade, e até o formato de nosso corpo, como instrumento ou mecanismo de defesa para nossa sobrevivência.
Tentamos transferir ou sublimar, de alguma forma, nossos instintos para que possamos viver em sociedade, sem nos destruirmos. E é por meio de nossas profissões, da prática de esportes e de atos filantrópicos que inconscientemente, atenuamos esses desejos. Para o inconsciente não existe tempo nem espaço. Por isso o instinto de matar ou agredir só se manifesta quando perdemos o controle do consciente, levados pelo estresse excessivo ou por qualquer tipo de droga ou ainda, por transtornos psíquicos.
Para o inconsciente que é primitivo, o importante é realizar e, para tanto, fara o que for necessário para atrair ou afastar  de seu caminho quem o que o estiver  bloqueando.
Os homens santos sublimaram os desejos prejudiciais do subconsciente por meio de transformação física de seu cérebro. Exercitaram as partes cerebrais responsáveis pelas respostas subjetivas. Como resultado após esses exercícios e mudanças comportamentais, processaram-se alterações no tamanho e na disposição dos sulcos do córtex cerebral, responsáveis pelas informações dos neurônios, aumentando a inteligência subjetiva.
A revista VEJA publicou, em 1999, matéria sobre a descoberta da distância dos sulcos do córtex cerebral do físico Albert Einstein, comprovando e comparando seu nível de inteligência objetiva com o de pessoas comuns. Afirma-se então com plena convicção que qualquer pessoa que se submeta a exercícios específicos, tais como mudanças de pensamentos e comportamentos, entoação de sons vocálicos – que atingem o sistema nervoso central - , relaxamento e trabalhos de concentração, acompanhados de leitura e estudos constantes consegue a eliminação ou bloqueio total das informações primatas dos neurônios, tornando-se livre das cobranças animalescas e capz de alcançar níveis impressionantes de inteligência objetiva e subjetiva.
No diencéfalo está armazenado todo o conhecimento primórdio da comunicação e toda simbologia desenvolvida pela necessidade de o ser vivo se fazer entender.
No passado distante, quando éramos apenas animais, a expressão do inconsciente era clara e natural, pois, não existiam valores conscientes que o pudessem frear. Não havia restrições aos atos, a lei era de eliminar para sobreviver.
Mais tarde o próprio primata, em processo natural de evolução passou a reprimir e recalcar seus impulsos primitivos para que a humanidade não se extinguisse e pudesse viver em comunidade, procriando e preservando a espécie. Contudo não evoluímos para a compreensão das vantagens de nos reprimir, o que nos causa sensações desagradáveis como angústias, tristezas, carências e sentimentos de controle. 
Enquanto não se desenvolverem as regiões cerebrais responsáveis pela subjetividade através da evolução espiritual, nossa mente estará sempre lutando contra a memória primata que nos impulsiona para os desejos animalescos, ou até para a própria  eliminação. 
Entretanto se houver compreensão desse fato e passarmos a elevar nossos sentimentos, buscando administrar melhor o nosso ego, então tudo que escolhermos fazer em nossa vida será para nosso desenvolvimento interior e não mais para lutarmos contra a regressão.

Fonte: do livro Linguagem do Corpo 2, de Cristina Cairo.

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