quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Poder TERAPÊUTICO do PERDÃO




PERDÃO, no grego significa ‘CANCELAR’.
A palavra perdão já foi tão usada no mundo dos negócios. Em inglês perdão é forgiveness, palavra derivada de forgive, que é esquecer.
A raiz de muitos problemas da vida está na incapacidade de perdoar. Só o perdão abre o caminho para a verdadeira liberdade e para restauração de relacionamentos.
Até o mais cético reconhece a nobreza implícita no perdão. A disposição de perdoar produz efeitos importantes nas dimensões emocional, psicológica e espiritual.

Há também os que não se perdoam por erros do passado e caminham como que acorrentados a uma bola de ferro chamada ‘ontem’, assim, não podem, livremente, caminhar para o futuro que os aguarda. Admita: Sim, eu já cometi muitos erros, mas preciso também me perdoar pelo meu passado!

Além da saúde espiritual, existem várias provas de que deixar para trás a hostilidade protege a saúde física. E não é metáfora nem “modo de dizer”. Um estudo chamado Perdão e Saúde Física, realizada pela Universidade do Wisconsin, mostrou que aprender a perdoar pode ajudar indivíduos de meia-idade a evitar doenças cardíacas. Nessa pesquisa, foi descoberto que, quanto maior a capacidade de perdoar, menos problemas nas artérias coronárias surgirão no decorrer da vida. Por outro lado, quanto menor a capacidade de perdoar, mais frequentes os episódios de doenças cardiovasculares.
Em relação à recordação das feridas, eis aqui outra informação importante: uma pesquisa indicou que pensar cinco minutos em algo que provoca agitação, raiva ou desgosto pode diminuir a variabilidade da frequência cardíaca (VFC), parâmetro da saúde do sistema nervoso que mostra a flexibilidade do sistema cardiovascular. Para enfrentar e reagir ao estresse em boas condições, o coração precisa de flexibilidade. O mesmo estudo mostrou que esses cinco minutos de pensamento negativo desaceleram a reação do sistema imunológico, que defende o organismo.
Os benefícios do perdão (tanto os que protegem o corpo quanto os que aliviam e “limpam” a alma) não se aplicam só aos outros, mas também a nós mesmos, quando, apesar dos erros e culpas, somos capazes de nos perdoar e deixar de nos sentir merecedores de castigo. Perdoar não é esquecer nem persistir no erro. É começar de novo, com a experiência adquirida, sem os rancores a sobrevoar e confundir as possibilidades do presente.
Assim como o amor, o perdão não é algo que se “dê” ao outro, mas um presente vital que damos a nós mesmos.

Shakespeare foi brilhante quando afirmou que “Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra.”

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