PERDÃO, no grego significa ‘CANCELAR’.
A palavra perdão já foi tão usada no mundo dos negócios. Em inglês
perdão é forgiveness, palavra derivada de forgive, que é esquecer.
A raiz de muitos problemas da
vida está na incapacidade de perdoar. Só o perdão abre o caminho para a
verdadeira liberdade e para restauração de relacionamentos.
Até o mais cético reconhece a nobreza
implícita no perdão. A disposição de perdoar produz efeitos importantes nas
dimensões emocional, psicológica e espiritual.
Há também os que não se perdoam por erros do passado e caminham como
que acorrentados a uma
bola de ferro chamada ‘ontem’, assim, não podem, livremente, caminhar
para o futuro que os aguarda. Admita: Sim, eu já cometi
muitos erros, mas preciso também me perdoar pelo meu passado!
Além da saúde espiritual, existem
várias provas de que deixar para trás a hostilidade protege a saúde física. E
não é metáfora nem “modo de dizer”. Um estudo chamado Perdão e Saúde Física,
realizada pela Universidade do Wisconsin, mostrou que aprender a perdoar pode
ajudar indivíduos de meia-idade a evitar doenças cardíacas. Nessa pesquisa, foi
descoberto que, quanto maior a capacidade de perdoar, menos problemas nas
artérias coronárias surgirão no decorrer da vida. Por outro lado, quanto menor
a capacidade de perdoar, mais frequentes os episódios de doenças
cardiovasculares.
Em relação à recordação das
feridas, eis aqui outra informação importante: uma pesquisa indicou que pensar
cinco minutos em algo que provoca agitação, raiva ou desgosto pode diminuir a
variabilidade da frequência cardíaca (VFC), parâmetro da saúde do sistema
nervoso que mostra a flexibilidade do sistema cardiovascular. Para enfrentar e
reagir ao estresse em boas condições, o coração precisa de flexibilidade. O
mesmo estudo mostrou que esses cinco minutos de pensamento negativo desaceleram
a reação do sistema imunológico, que defende o organismo.
Os benefícios do perdão (tanto os
que protegem o corpo quanto os que aliviam e “limpam” a alma) não se aplicam só
aos outros, mas também a nós mesmos, quando, apesar dos erros e culpas, somos
capazes de nos perdoar e deixar de nos sentir merecedores de castigo. Perdoar
não é esquecer nem persistir no erro. É começar de novo, com a experiência
adquirida, sem os rancores a sobrevoar e confundir as possibilidades do
presente.
Assim como o amor, o perdão não é algo que se “dê”
ao outro, mas um presente vital que damos a nós mesmos.
Shakespeare foi brilhante quando afirmou que “Guardar
ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra.”
(fonte: Seleções do Reader's Digest)
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